Muitos consideram um grande fiasco, a participação dos atletas brasileiros nas Olimpíadas de Pequim. O Brasil conquistou três medalhas de ouro, quatro de prata e oito de bronze, totalizando 15 medalhas e fechando na 23ª posição. Quando comparamos com as 100 medalhas conquistadas pela China ou as 110 dos Estados Unidos, sentimos o peso da diferença. Quando ainda levamos em conta a 16ª colocação do Brasil em Atenas, ao conquistar 5 medalhas de ouro, consideramos uma queda no desempenho dos nossos atletas. Entretanto, um olhar mais atento pode constatar, na verdade, uma evolução. 247 atletas brasileiros disputaram em 13 modalidades na competição de Atlanta, enquanto reunimos 277 atletas para disputar 31 modalidades em Pequim. Isso mostra que gradualmente vamos conquistando mais espaços nos pódios internacionais.
Não adianta ter fome de medalhas, sem prato, nem talheres. A população cobra vitória de nossos atletas, mas lembra deles apenas nas disputas de grande importância. Atitude parecida com a dos políticos que lembram da população apenas em época de campanha, para se esconderem em seus gabinetes depois da vitória. A maior parte do povo torce por nossos atletas nas Olimpíadas, exige medalhas, mas nos anos seguintes, só lembram do futebol. O Automobilismo, Volei e o Basquete ainda mantém certa audiência ou consegue atrair um público razoável, mas nada se compara a paixão pelo futebol. Longe dos ginásios oficiais, os atletas não chamam atenção do grande público. Tirando alguns mais populares e os destaques do futebol, a maioria dos nossos atletas são ilustres desconhecidos na mutidão.