Governo de Pernambuco transforma cinema São Luiz em Estação Cultural
O cinéfilo recifense nem teve tempo de comemorar a inauguração dos cinco cinemas no Plaza Shopping quando recebeu outra notícia animadora. O governo do Estado, através da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), oficializou, na última sexta (29), a adoção de um dos principais cinemas de rua do país, o Cine São Luiz. O tradicional cinema, lançado em 1952, ficou ameaçado de extinção, como ocorreu com as demais salas do centro nos últimos dez anos: Veneza, Moderno, Art Palácio e Trianon. Fatores como concorrência com as avançadas salas de Shopping e a decadência dos cinemas de bairro e de centro, atribuídas a violência e a falta de estacionamento, ameaçaram também a fechar o histórico local que abrigou o primeiro Festival de Cinema de Recife, em março de 1997.
Depois de buscar várias alternativas para não fechar o cinema, o Grupo Severiano conseguiu um acordo com a Faculdade Barros Melo (Aeso) que assumiu a sala e iniciou, em fevereiro de 2007, uma série de reformas. Diante de muitas dificuldades, a Faculdade desistiu do projeto no ano seguinte e o cinema voltou a ficar ameaçado. Com o novo contrato, previsto para durar cinco anos, o Governo do Estado assume a responsabilidade sobre a sala ao custo de R$ 20 mil por mês de aluguel. A Fundarpe, que vai administrar o espaço, pretende abrir licitação pública para finalizar as reformas das instalações e reinaugurar a sala como Centro Cultural Estação Cinema São Luiz. O projeto de revitalização deverá ficar concluído nos próximos seis meses.
O Cinema São Luiz com suas 1260 poltronas será inserido no projeto Estações Culturais junto com o Museu da Imagem do Som (Mispe) e o Teatro Arraial, que vai transformar a Rua da Aurora, em um corredor de exibição, capacitação e treinamento do audiovisual. O Cine Teatro Arraial exibirá curtas-metragens nacionais e filmes que não entram nos circuitos dos grandes exibidores comerciais, enquanto o Museu da Imagem será um centro de articulação da comunidade produtora de cinema, vídeo, fotografia e música do Estado. O São Luiz terá a função de apresentar produções audiovisuais brasileiras ao público local, além de abrigar uma cinemateca em parceria com o Instituto Lula Cardoso Ayres, que conta com um acervo de mais de três mil filmes em película.
###
Brasileiros agitam no Festival de Veneza
Tainá Müller
O longa Plastic City, uma có-produção entre Brasil, China e Japão, foi lançado durante o Festival de Veneza nesse sábado (30), na Itália. A atriz brasileira Tainá Müller, protagonista do filme, desfilou no tapete vermelho do Festival e chamou a atenção da imprensa mundial, ao lado dos atores do longa como Milhem Cortaz. Mas apesar da baladação de estréia, o filme não agradou e recebeu algumas vaias após a exibição. A critica foi feroz e classificou o filme como aborrecido, extravagante e delirante.
O mesmo não aconteceu com Zé do Caixão. Seu filme Encarnação do Demônio (Nacional, 2008) foi exibido à meia noite da última sexta (29) para cerca de 300 espectadores. O diretor José Mojica Marins caprichou nas cenas de morte, tortura e no uso digamos criativo de ratos e baratas. Por fim, o público aplaudiu com entusiasmo o terror brasileiro. O resultado surpreendeu até os profissionais envolvidos com a produção.
###
Rápidas
Enquanto isso, em Gothan City, o Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, 2008) continua sua escalada de sucessivos recordes quebrados. Ao atingir a marca de US$ 900 milhões arrecadados mundialmente, o filme alcançou a 14ª posição na lista das maiores bilheterias de todos os tempos, tornando-se a adaptação dos quadrinhos para as telas de maior sucesso da história do cinema. Como o filme do Homem Morcego ainda não perdeu fôlego, estima-se que deva superar a marca de US$ 1 bilhão, entrando no seleto grupo de apenas três filmes que conseguiram essa façanha. Piratas do Caribe – O Bau da Morte (Pirates of the Caribbean: Dead Man’s Chest, 2006), Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (The Lord of the Rings – The Return of the King, 2003) e o campeão Titanic (Idem, 1997), com o histórico recorde de US$ 1,8 bilhão.
Conheça nosso novo blog Maracutaia Livros.