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Redenção para Darren Aronofsky e Mickey Rourke em Veneza

O diretor de Requiem Para um Sonho (Requiem For a Dream, 2000), não foi muito feliz em seu trabalho seguinte, o ambicioso épico Fonte da Vida (The Fountain, 2006). Lançado em Veneza, o filme decepcionou os críticos e afastou o público. Sua obra foi pouco compreendida, apesar do empenho de Hugh Jackman e Rachel Weisz, esposa de Aronofsky na vida real. Mickey Rourke viu seus dias de glória nos anos 80 ficarem para trás. O astro de Nove Semanas e Meia de Amor (Nine 1/2 Weeks, 1986) ainda ensaiou uma reviravolta na carreira ao atuar em Sin City – Cidade do Pecado (Sin City, 2005). A redenção chegou para ambos no último sábado (06/09), com a divulgação dos vencedores do Festival de Veneza 2008. O Leão de Ouro foi para o novo trabalho de Aronofsky, The Wrestler (2008). A notícia foi recebida com entusiasmo pela crítica geral. Além de celebrado como um grandioso filme, The Wrestler conta ainda com a impactante atuação de Mickey Rourke.

Na verdade, não foi difícil para Rourke fazer o papel do lutador de luta livre, Randy ‘The Ram’ Robinson. O ator foi boxeador profissional entre 1991 e 1995, o que contribui para dar realismo e autenticidade ao papel. Rourke apresenta um herói trágico que não aceita o peso da idade e tenta manter a carreira de lutador. Rocky Balboa que se cuide. Marisa Tomei empresta seu charme como a Stripper com quem o decadente lutador mantém um romance ao som de músicas de sucesso dos anos 80. O prêmio serviu de redenção para ambos.

Veja a lista dos principais vencedores do 65º Festival de Veneza:

Leão de Ouro de Melhor Filme:

“The Wrestler”, do norte americano Darren Aronofsky

Copa Volpi de Melhor Ator: o italiano Silvio Orlando

por “O Pai de Giovanna” (“Il Papa di Giovanna”)

Copa Volpi de Melhor Atriz: a francesa Dominique Blanc

por “A Outra” (“L’Autre”)

Leão de Prata de melhor roteiro: o russo Aleksey German Jr.

por “Soldado de Papel” (Paper Soldier)

Prêmio Especial do Júri:

Cineasta etíope Haile Gerima por “Teza”

Leão Especial do Júri:

Cineasta alemão Werner Schroeter pelo conjunto da obra

Governo assume cinema São Luiz, Zé do Caixão festeja em Veneza, Batman escala bilheterias

Governo de Pernambuco transforma cinema São Luiz em Estação Cultural

O cinéfilo recifense nem teve tempo de comemorar a inauguração dos cinco cinemas no Plaza Shopping quando recebeu outra notícia animadora. O governo do Estado, através da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), oficializou, na última sexta (29), a adoção de um dos principais cinemas de rua do país, o Cine São Luiz. O tradicional cinema, lançado em 1952, ficou ameaçado de extinção, como ocorreu com as demais salas do centro nos últimos dez anos: Veneza, Moderno, Art Palácio e Trianon. Fatores como concorrência com as avançadas salas de Shopping e a decadência dos cinemas de bairro e de centro, atribuídas a violência e a falta de estacionamento, ameaçaram também a fechar o histórico local que abrigou o primeiro Festival de Cinema de Recife, em março de 1997.

Depois de buscar várias alternativas para não fechar o cinema, o Grupo Severiano conseguiu um acordo com a Faculdade Barros Melo (Aeso) que assumiu a sala e iniciou, em fevereiro de 2007, uma série de reformas. Diante de muitas dificuldades, a Faculdade desistiu do projeto no ano seguinte e o cinema voltou a ficar ameaçado. Com o novo contrato, previsto para durar cinco anos, o Governo do Estado assume a responsabilidade sobre a sala ao custo de R$ 20 mil por mês de aluguel. A Fundarpe, que vai administrar o espaço, pretende abrir licitação pública para finalizar as reformas das instalações e reinaugurar a sala como Centro Cultural Estação Cinema São Luiz. O projeto de revitalização deverá ficar concluído nos próximos seis meses.

O Cinema São Luiz com suas 1260 poltronas será inserido no projeto Estações Culturais junto com o Museu da Imagem do Som (Mispe) e o Teatro Arraial, que vai transformar a Rua da Aurora, em um corredor de exibição, capacitação e treinamento do audiovisual. O Cine Teatro Arraial exibirá curtas-metragens nacionais e filmes que não entram nos circuitos dos grandes exibidores comerciais, enquanto o Museu da Imagem será um centro de articulação da comunidade produtora de cinema, vídeo, fotografia e música do Estado. O São Luiz terá a função de apresentar produções audiovisuais brasileiras ao público local, além de abrigar uma cinemateca em parceria com o Instituto Lula Cardoso Ayres, que conta com um acervo de mais de três mil filmes em película.

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Brasileiros agitam no Festival de Veneza

Tainá Müller

Tainá Müller

O longa Plastic City, uma có-produção entre Brasil, China e Japão, foi lançado durante o Festival de Veneza nesse sábado (30), na Itália. A atriz brasileira Tainá Müller, protagonista do filme, desfilou no tapete vermelho do Festival e chamou a atenção da imprensa mundial, ao lado dos atores do longa como Milhem Cortaz. Mas apesar da baladação de estréia, o filme não agradou e recebeu algumas vaias após a exibição. A critica foi feroz e classificou o filme como aborrecido, extravagante e delirante.

O mesmo não aconteceu com Zé do Caixão. Seu filme Encarnação do Demônio (Nacional, 2008) foi exibido à meia noite da última sexta (29) para cerca de 300 espectadores. O diretor José Mojica Marins caprichou nas cenas de morte, tortura e no uso digamos criativo de ratos e baratas. Por fim, o público aplaudiu com entusiasmo o terror brasileiro. O resultado surpreendeu até os profissionais envolvidos com a produção.

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Rápidas

Enquanto isso, em Gothan City, o Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, 2008) continua sua escalada de sucessivos recordes quebrados. Ao atingir a marca de US$ 900 milhões arrecadados mundialmente, o filme alcançou a 14ª posição na lista das maiores bilheterias de todos os tempos, tornando-se a adaptação dos quadrinhos para as telas de maior sucesso da história do cinema. Como o filme do Homem Morcego ainda não perdeu fôlego, estima-se que deva superar a marca de US$ 1 bilhão, entrando no seleto grupo de apenas três filmes que conseguiram essa façanha. Piratas do Caribe – O Bau da Morte (Pirates of the Caribbean: Dead Man’s Chest, 2006), Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (The Lord of the Rings – The Return of the King, 2003) e o campeão Titanic (Idem, 1997), com o histórico recorde de US$ 1,8 bilhão.

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Cinema Brasileiro em Veneza, Jornada e Toy Story 3

Cinema brasileiro ganha destaque no Festival de Veneza

Zé do Caixão

Zé do Caixão

O 65º Festival Internacional de Cinema de Veneza, que começa na próxima quarta-feira (27.08), trará diversos representantes do cinema brasileiro. O filme Do Visível ao Invisível, do diretor português Manoel de Oliveira, baseado numa idéia do jornalista Sérgio Groisman e produzido por Renata de Almeida e Leon Cakoff, diretores da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, terá a honra de participar da abertura do festival. José Mojica Marins, a convite dos organizadores do evento, exibirá seu longa Encarnação do Demônio (Nacional, 2008), fora da mostra competitiva. O novo filme encerra a trilogia de Zé do Caixão iniciada com À Meia-noite Levarei sua Alma (1964) e Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver (1967). Por fim, o curta metragem Erva de Rato, dirigido pelo casal Julio Bressane e Rosa Dias e baseado em dois contos de Machado de Assis (Um Esqueleto e A Causa Secreta) será exibido na seção Horizonte, dedicada aos novos talentos.

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Enquanto a Paramount faz suspense com o novo Jornada, os fãs vão além

Os executivos da Paramount Pictures ainda não soltaram o novo trailer de Jornada nas Estrelas (Star Trek, 2009) e divulgaram cartazes de pouco impacto do filme, como se não quizessem chamar grande atenção por enquanto. Entretanto, os fãs da franquia criada por Gene Rodenberry, ansiosos por novidades, prepararam, eles mesmos, um novo cartaz de divulgação que chamou bastante atenção na Internet. Certamente, ninguém na Paramount vai reclamar da divulgação extra.

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Rápidas

Rumores na Internet sugerem a participação de Michael Keaton (Batman) como o namorado da Barbie, Ken, na terceira aventura de Toy Story a ser produzida pela Pixar. Mas não se preocupe com o elenco principal. As vozes de Tom Hanks (Woody) e Tim Allen (Buzz Lightyear) estão garantidas no novo filme. Para dublar a Barbie, os produtores querem Jodi Benson, a voz de Ariel em A Pequena Sereia (The Little Mermaid, 1989). Mas os rumores sobre os novos personagens e dubladores não foram confirmados.